A Petrobras anunciou nesta sexta-feira um reajuste dos preços de combustíveis, mas que não deve ser sentido pelo consumidor, de acordo com o Ministério da Fazenda. Isso porque o governo reduziu a zero a alíquota da Cide, imposto incidente sobre os combustíveis, de forma a compensar o aumento definido pela estatal.
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De acordo com comunicado enviado pela Petrobras ao mercado, a gasolina ficará 7,83% mais cara e o diesel terá o valor aumentado em 3,94%. Os novos preços começam a ser praticados no dia 25. Os valores reajustados não levam em conta os tributos federais Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide), PIS/Cofins e o estadual Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS).
Em seguida, o ministério da Fazenda informou que, para neutralizar os impactos dos reajustes dos preços da gasolina e do diesel anunciados pela Petrobras, o governo decidiu reduzir a zero as alíquotas da Cide incidente na comercialização destes combustíveis. “Dessa forma, os preços, com impostos, cobrados das distribuidoras e pagos pelos consumidores não terão aumento”, afirma o ministério em nota.
O reajuste foi feito para tentar alinhar o preço dos derivados de petróleo aos preços praticados no mercado internacional. Foram levadas em conta perspectivas de médio e de longo prazo.
O mercado vinha pressionando a Petrobras para que os preços dos combustíveis fossem aumentados por conta da alta dos produtos no mercado internacional. A empresa vende a commodity ao exterior e importa os derivados. Havia projeções entre 10% e 15% de reajuste.
Do ponto de vista da inflação, o economista Luciano Rostagno avaliou que com o corte da Cide, "não deve haver repasse para o consumidor (das tarifas)".
Segundo ele, "na falta de um cálculo mais preciso, o impacto na inflação, se houver, será residual."
* Com Valor Online e Reuters
Etanol x Gasolina
Com informações do IG