Para reduzir as ações emergências, aumentar a oferta permanente de água e assegurar a inclusão produtiva e o desenvolvimento sócio-econômico dos estados do semiárido do Nordeste e de Minas Gerais, o governo federal, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e do Ministério da Integração (MI), e os nove estados nordestinos estão implementando um projeto estruturante para o semiárido do Nordeste e Minas.
Atendendo à reivindicação do Conselho Nacional dos Secretários de Agricultura (Conseagri), presidido pelo titular da pasta na Bahia, engenheiro agrônomo Eduardo Salles, o BNDES e o MI anunciaram a liberação de R$ 100 milhões, para obras estruturantes de convivência com a seca.
Deste total, R$ 50 milhões são da área social do BNDES e a outra metade do MI. De acordo com os diretores do banco, este é o maior volume de recursos liberado pelo banco para ações desta natureza, sendo que durante todo o ano de 2011 a liberação de recursos não reembolsáveis foi em torno de R$ 70 milhões. Esta é também a primeira parceria firmada entre o BNDES e o MI.
Trinta por cento dos recursos serão divididos igualmente entre os estados, e para distribuir os 70% restantes o BNDES/MI vão considerar os critérios do programa Água para Todos. Os estados devem indicar, até o final desta quarta-feira (6), a opção que farão para aplicação. No prazo de 45 dias, o BNDES e o MI assinarão o acordo de cooperação, e as obras, nas áreas de recursos hídricos e sustentabilidade da agropecuária, visando a convivência com a seca e inclusão produtiva, poderão ser executadas pelos estados ou através da Codevasf e DNOCS.
Considerando suas maiores carências e prioridades, os estados poderão optar pela construção de barragens subterrâneas visando a perenização de rios e riachos; construção de biofábricas para produção e distribuição aos agricultores familiares de mudas com alto padrão genético e sanidade, de cactus, (comum no Nordeste, como a palma, para limentação animal), sisal, umbu, caju, manivas de mandiocas e de outras culturas tolerantes e resistentes à seca; sistemas de irrigação simplificados de dois hectares para comunidades de agricultores familiares visando a produção de hortaliças, grãos e frutas, ou ainda para construção de cisternas produtivas, opção está apresentada pelo BNDES/MI.
Fonte: Blog Do Carlos Britto
 
 
