Porém, em Salvador a paralisação não foi aderida. Nas unidades da rede federal a exemplo do Hospital Universitário Professor Edgard Santos (HUPES), no bairro do Canela, os atendimentos ambulatoriais, consultas e exames foram realizados normalmente. O objetivo da categoria é, por meio da paralisação nacional, pressionar o parlamento e abrir caminho para a primeira greve geral de médicos servidores federais no país.
De acordo com Francisco Magalhães diretor do Sindicato dos Médicos da Bahia (Sindimed), o Hospital das Clínicas realiza serviços considerados especiais e essenciais à população como hemodiálise, cirurgias, distribuição de medicamentos dentre outros. Por conta disso, a unidade não aderiu à paralisação nacional. Na Maternidade Climério de Oliveira, os atendimentos também não foram suspensos.
Com base nessa nova medida, os médicos que têm atualmente uma jornada de 20h/semanais no serviço público, por exemplo, ao ingressarem na carreira teriam que cumprir 40h/semanais pelo mesmo valor, ou seja, uma redução de 50% na remuneração.
“O médico está inserido no custeio da saúde. O povo tem que ter direito a saúde de qualidade, e os médicos a condições dignas de trabalho. Essa mobilização nacional é para chamar à atenção de deputados e senadores para a inconstitucionalidade dessa medida. Esperamos que algo seja feito em caráter emergencial e que a greve não precise ser deflagrada em todo pais”, justificou.
 
Médicos estaduais – Já os médicos da rede estadual permanecem mobilizados após paralisação de dois dias de advertência, realizada na semana passada, com o objetivo de pressionar o governo a apresentar prazos definidos para elaboração de um Plano de Cargos, Carreira e Vencimentos, recomposição salarial e melhorias nas condições de trabalho. 
Fonte: Tribuna Da Bahia